Opiniões dilaceradas pela estupidez
Hidrobike! Uma bicicleta parada no fundo de uma piscina com alguém pedalando loucamente, Gertrudes sorriu levemente entre uma fungada e outra pensando acerca de si mesma. Observou, a sua frente, uma piscina olímpica, nela pessoas nadando de um lado para o outro como peixes no aquário, adiante um pedaço de céu, algumas árvores entrecortadas e um som ensurdecedor, que conservava suas pernas em atividade. Era como um chicote estalado no ar, uma ordem para seguir (Para onde!). Por mais que ela pedalasse não saia do lugar, por mais que fizesse força a única coisa que conseguia era continuar vendo as mesmas coisas. Sentiu uma profunda certeza, de que foi assim sua vida inteira. Querendo ver além da aparência do mundo, lutando por descobrir a razão das coisas, mas tudo se resumiu a nada, porque sua inteligência não é capaz de compreender o todo. Sua consciência observar coisas entrecortadas, opiniões dilaceradas pela estupidez, fragmentos de muitas idéias truncadas, de pessoas que estiveram pedalando sem sair do lugar e imaginando coisas das quais nada sabem. Ouvindo a balbúrdia das vozes que os obrigam a continuar pedalando...
Parabéns,Beth!
ResponderExcluirSábia introspecção!
Gostei muitíssimo!
Abraço.
É. A vida é isso. Por que é que a gente, sabendo disso, continua correndo? Deve ser por causa daquele som de chicote estalando no ar. Boa reflexão!
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